Teoria da janela quebrada, situação de obediência hierárquica inexistente.
sábado, 16 de fevereiro de 20130 comentários
A cada intervenção da Guarda Municipal uma vidraça a menos é quebrada no município.
Mauricio Maciel
O Prefeito, principal gestor público do Município, tem grande importância de criar uma identidade sólida nas Guardas Municipais, pensar e experimentar uma relação baseado no sistema social e jurídico do momento, a conscientização da Administração Publica tem que oferecer soluções e cobrar resultados.
Na Segurança Pública, traçar o alinhamento Federal, Estadual e Municipal, levando em conta custos e benefícios ainda vai levar um bom tempo, Segurança Pública é uma àrea vaidosa e corporativista.
A 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública é um marco histórico na política nacional isto após 24 anos apenas uma realizada, mostra o quanto é difícil a possibilidades de mudanças.
Todo mundo reconhece a teoria da “janela quebrada”, formulada pelos criminologistas James Wilson e George Kelling como responsável pelo sucesso do projeto “tolerância zero”, em Nova York, do prefeito Rudolph Giuliani.
No popular, a teoria afirma que o crime é consequência da desordem, então, se uma “janela” é quebrada e permanece, os passantes concluirão que não tem ninguém cuidando, pior é impressão que ninguém se importa. Então, mais janelas serão quebradas, até a instalação do vale-tudo, do desmazelo.
Basta passear pelas nossas praças para ver cristalizada a teoria, vidros quebrados, fachadas pichadas remetem um sinal aberto de território liberado para a fúria de predadores, conscienciosos ou dementes que atuam sem controle.
A Guarda, exerce um papel importante na promoção dos direitos, na mediação de conflitos interpessoais, sobretudo junto às escolas, e, ainda, na prevenção das violências, quando integrada e articulada com as polícias e com as demais políticas públicas dirigidas a efetivar a segurança de outros direitos fundamentais.
As mudanças politicas não podem justificar paralisias, Inércia em um mundo globalizado e em constante transformação, mudanças de rumo suprimindo conquistas, não podem justificar um retrocesso envolvendo as Guardas Municipais, no abandono da missão nobre, muitas vezes a política aparece como dádiva do Estado, situação de obediência hierárquica inexistente.
A autonomia municipal encontra limites na Constituição Brasileira, o Gestor Municipal de segurança pública tem que enxergar a visão de um todo, acompanhar a paisagem social e jurídica do momento, competências estritamente dentro da legalidade levando em conta a produção de uma Guarda Municipal moderna em um custo beneficio para o município. Ocupar os espaços agregando valor nas suas ações.
Guarda Municipal não é concebida para gerar lucro, mas ela pode e deve gerar um valor de importância onde seu gasto torna se pequeno perante suas ações. Cabe ao gestor avançar nas competências de fiscalização de Trânsito, meio ambiente, posturas e espaço público mesmo que tenha que mover seu departamento jurídico e investir em peças jurídicas para quebra de paradigmas junto aos tribunais por este imenso Brasil.
Sabemos que estas competências já fazem parte das diretrizes da Secretaria Nacional de Segurança Publica em um estudo jurídico e social do momento. As Guardas devem estar integradas com a fiscalização de posturas, meio ambiente e outros órgãos, devem ser bem treinadas, uniformizadas, hierarquizadas e com método de seleção exigente, com capacidade técnica, física, conhecimentos jurídicos e com boa redação.
O Guarda Municipal torna-se protagonista, já que atua sobretudo como um pedagogo da cidadania, ocerto é que as Guardas Municipais ocupam um lugar destacado na proteção do maior patrimônio das cidades junto das pessoas.
“A cada intervenção da Guarda Municipal uma vidraça a menos é quebrada no município”.
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