sábado, 17 de janeiro de 2015

Esquema de transporte ilegal de passageiros pode ter cobertura de aparato policial em Minas


PM apura envolvimento de militares em esquema de transporte ilegal de passageiros

Corregedoria apura se militares envolvidos em ocorrência que terminou com prisão de sargento e uma guarda municipal ferida têm ligação com perueiros que agem no entorno da rodoviária

 
    
 postado em 17/01/2015 06:00 / atualizado em 17/01/2015 07:19
PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS

A Corregedoria da Polícia Militar apura se os PMs envolvidos no tumulto com guardas municipais têm ligação com perueiros, inclusive com colaboração de pessoal da ativa da corporação. Na tarde de quarta-feira, o sargento reformado Daleimar Hilário Moreira, de 47 anos, foi detido pela guarda municipal Lílian Emiliano Oliveira, de 29, por transporte ilegal de passageiros, perto do terminal rodoviário de Belo Horizonte. Durante a confusão, que envolveu vários militares, ela foi ferida na boca por um tiro de borracha disparado pelo cabo Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37.

O caso é acompanhado também pela Ouvidoria de Polícia do estado. Revoltados com a ação dos PMs, guardas municipais fecharam o trânsito na Praça Sete depois da confusão e ontem fizeram passeata para protestar outra vez e cobrar melhores condições de trabalho.

Fontes disseram ao EM que a Corregedoria também analisa imagens de câmeras de segurança da Rodoviária, da BHTrans e do Olho Vivo, para determinar se o tiro que feriu a guarda municipal foi uma atitude de defesa ou ataque. No segundo caso, a pena por lesão corporal grave é demissão.

Segundo pessoas ligadas à PM e à Guarda Municipal ouvidas pela reportagem, já circularam denúncias de que perueiros podem contar com apoio de servidores públicos, mas até o momento nenhuma investigação confirmou as suspeitas.

Guardas municipais e fontes da PM afirmaram à reportagem que há um grupo mais agressivo de agenciadores de passageiros para perueiros que age sem medo de prisão dentro e fora da rodoviária . “São os mais ousados. Eles dominam as partes interna e externa da rodoviária. Mesmo com a presença dos guardas municipais, eles entram no saguão do terminal e ficam observando as filas dos guichês. Abordam os passageiros da fila oferecendo preços mais baixos”, afirma a fonte ligada à PM.

A Guarda Municipal sustenta que o sargento reformado Daleimar Moreira fazia transporte irregular no momento em que foi detido perto da rodoviária. O EM apurou que Daleimar era popular quando esteve lotado, grande parte de sua carreira, no 1º Batalhão, a unidade da PM responsável pelo policiamento da região interna da Avenida do Contorno, inclusive, a rodoviária. Em 2010, já aposentado, ele tentou se eleger deputado estadual e, dois anos depois, vereador em BH. A reportagem não conseguiu contato com o sargento reformado.

Corporativismo 
De acordo com o porta-voz da PM, major Gilmar Luciano, vários aspectos da ação policial que resultou na detenção de um guarda municipal e ferimento grave de outra são investigados. “Se os militares agiram por corporativismo (tentando libertar o sargento da reserva detido), isso vai ser apurado pela corregedoria, com base nos testemunhos e relatos de envolvidos. Oficialmente, as viaturas foram deslocadas porque o 190 foi acionado para uma ocorrência de tentativa de homicídio”, afirma o porta-voz.

Ainda segundo a PM, não há nenhum processo anterior de envolvimento de policiais da ativa com transporte ilegal de passageiros sendo apurado pela corregedoria. A Ouvidoria de Polícia também informou que não tem nenhum procedimento por esse motivo. O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) informou que não tem um perfil dos motoristas multados por transporte irregular.

Após ação desastrosa da policia militar, Guardas Municipais paralisam as atividades e transporte clandestino invade a rodoviária de Belo Horizonte

Clandestinos invadem a rodoviária e não se intimidam com tumulto envolvendo perueiro

Reportagem do EM flagra dezenas de motoristas que fazem transporte irregular de passageiros agindo no entorno do terminal


    



 postado em 17/01/2015 06:00 / atualizado em 17/01/2015 07:18

BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS

O tumulto envolvendo um perueiro, guardas municipais e policiais militares na quinta-feira não intimidou os motoristas que fazem transporte irregular de passageiros. Na tarde de ontem, pelo menos 20 ofereciam passagens para diversas regiões de Minas na entrada da rodoviária de BH. Um deles, que anunciava viagem para Sete Lagoas, na Região Central, foi mais ousado e entrou no saguão do terminal para abordar pessoas na fila de uma empresa de ônibus.

O perueiro oferecia transporte a R$ 15, mas o preço cobrado pela empresa para o mesmo destino é R$ 21,35. A viagem clandestina para Sete Lagoas é mais barata que a dos ônibus devido à grande concorrência entre os próprios perueiros, pois são muitos os que fazem o mesmo trajeto.

Vários clandestinos posicionados em frente à rodoviária gritavam oferecendo viagens para Sete Lagoas, Ouro Preto e Mariana. Alguns cobravam até mais caro do que os ônibus intermunicipais. Para Ouro Preto, por exemplo, a tarifa convencional é R$ 29,75 e eles cobravam R$ 30. Para Mariana, partindo da rodoviária, o preço do coletivo é R$ 34,85. Já no carro clandestino, R$ 35. A diferença é de poucos centavos, mas os perueiros alegam mais rapidez e conforto no deslocamento, embora não ofereçam garantia de segurança, como manutenção do veículo, qualificação do motorista ou apoio em caso de acidente.

Cirurgia

A guarda municipal Lílian Emiliano Oliveira passou por uma cirurgia que começou às 23h30 de quinta-feira e terminou às 6h de ontem. Ela permanece internada na enfermaria do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), sem previsão de alta. Segundo a assessoria de imprensa da Fhemig, ela fraturou o maxilar, está sob efeito de medicamento e fala com dificuldade.

A mãe dela, a dona de casa Lindalva Emiliano Oliveira, de 52, disse que Lílian não se intimidou e vai continuar trabalhando na Guarda Municipal, profissão que escolheu e de que gosta muito. “Espero que o policial militar seja punido rigorosamente, pois o que ele fez com a minha filha foi uma covardia. Minha filha estava desarmada e ele atirou no rosto dela”, disse a mãe.

Ontem, cerca de 500 guardas municipais fizeram novo protesto, inclusive por melhores condições de trabalho e pelo direito de usar armas de fogo. Eles  saíram em caminhada da Praça da Estação e foram até a prefeitura, onde se juntaram a agentes de combate a endemias e comunitários de saúde, em greve desde o dia 5. Dos 2 mil guardas municipais de BH, 225 não foram trabalhar ontem. No início da noite, a prefeitura recebeu a pauta de reivindicações do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), que representa os guardas municipais e disse que vai analisar os pedidos.



http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/01/17/interna_gerais,608853/clandestinos-invadem-a-rodoviaria.shtml

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Nota de repúdio

A Conferência Nacional das Guardas Municipais do Brasil - CONGM,  e o Sindicato dos Guardas municipais do Estado de Minas Gerais - SINDGUARDAS-MG torna pública sua nota de repúdio a ação violenta e covarde contra uma Guarda Civil Municipal da capital Mineira quando legal e profissionalmente exercia sua atividade policial. O PM efetuou um disparo de calibre 12 no rosto da GCMF que ficou gravemente ferida e o episódio não foi mais grave porque a bala era de borracha. O fato se deu quando atendia uma ocorrência envolvendo outro PM que atuava com transporte clandestino. Não podemos aceitar tamanha e covarde agressão que atingiu o profissional e o institucional da Guarda Civil. Uma ação desastrosa que além de violar os princípios basilares da boa convivência e interação entre as agências policiais atinge a integridade física dos profissionais da Guarda envolvido e a MORAL e a HONRA da CORPORAÇÃO. O presidente do Sindguardas/MG está à frente da situação e nos manterá Ttodos informados das providências tomadas. A Seção da CONGM/MG representadas pelos companheiros Itamar, Giovane Mapa, Wagner acompanham passo a passo a situação

CONGM - Conferência Nacional das Guardas Municipais do Brasilplural Rede
Nota pública 001/2015: Repúdio a ação de um PM/MG contra a GCM/BH
A Conferência Nacional das Guardas Municipais do Brasil - CONGM, torna pública sua nota de repúdio a ação violenta e covarde contra uma Guarda Civil Municipal da capital Mineira quando legal  e profissionalmente exercia sua atividade policial. O PM efetuou um disparo de calibre 12 no rosto da GCMF que ficou gravemente ferida e o episódio não foi mais grave porque a bala era de borracha. O fato se deu quando atendia uma ocorrência envolvendo outro PM que atuava com transporte clandestino. Não podemos aceitar tamanha e covarde agressão que atingiu o profissional e o institucional da Guarda Civil. Uma ação desastrosa que além de violar os princípios  basilares da boa convivência e interação entre as agências policiais atinge a integridade física dos profissionais da Guarda envolvido e a MORAL e a HONRA da CORPORAÇÃO. Já sabemos que o Pedro Bueno presidente do Sindiguardas/MG está à frente da situação e nos manterá informados das providências tomadas. A Seção da CONGM/MG representadas pelos companheiros Itamar, Giovane Mapa, Wagner acompanham passo a passo a situação. Renato Rodrigues; Wagner Gonçalves; Itamar Souza Jr Souza; Geovanni Mapa; Marlon Arantes; Gcm Guilherme, Gcm Flavio; Guarda Municipal Gcm; Rodrigo Gcm Coutinho; Contreras Uckers; Carlos Conigero; Cícero Gcm. Luciano Mauro; Jota Burato; Inspetor Theodoro; Inspetor Sebastião Silva; Inspetor Elvis; Mauricio Maciel; Inspetor Marcelo Borgatto; Gcm Jandira; Gcm Motta Mauá; Sérgio Da Silva; Roseane Costa; Luzini Beqson; Adans Leal; Carlos Peixoto; Leonara Naves; Du Inez; Yvete Ferres; Neide Souza, Rose Correia; Sergio França Coelho