terça-feira, 25 de agosto de 2009


A partir de Hoje, agentes já estarão nas ruas com equipamento
Guarda Municipal de Juiz de Fora se arma com spray de pimenta
Substância causa irritação nos olhos e mucosas, além de dor e tontura

(Eugênio Martins)


A Guarda Municipal de Juiz de Fora, na Zona da Mata, passará a usar, a partir de amanhã, spray de pimenta como arma não letal durante os patrulhamentos. Uma portaria da prefeitura, publicada no último dia 7, autoriza os 137 agentes da corporação a circularem com o produto.
A portaria também definiu em quais circunstâncias serão permitidas a utilização do artefato. Segundo a assessoria da Guarda, o spray poderá ser usado apenas como medida "extrema e excepcional", quando as outras opções, como negociação e imobilização, forem esgotadas e, mesmo assim, houver resistência. A Prefeitura de Juiz de Fora investiu R$ 7.000 para comprar, inicialmente, 150 tubos de gás de pimenta, com validade de três anos.
Em julho, os guardas da cidade passaram por um treinamento com os agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar (Gate). Durante o curso, os próprios guardas foram submetidos aos efeitos do spray para entenderem quais são as reações provocadas pelo gás. Em contato com mucosas e olhos, a substância gera dor e pode provocar, além de irritação e tontura, até inflamação.
Ainda segundo a corporação, em caso de uso indevido do spray, o guarda poderá ser punido administrativamente. Segundo a portaria do município, o efeito da borrifada dura aproximadamente 40 minutos, podendo ser amenizado com água em abundância. Existe apenas uma fábrica de spray de pimenta no Brasil, que é controlada pelo Exército.
Juiz de Fora é a segunda cidade a adotar o spray de pimenta em Minas. Em Varginha (Sul de Minas), os guardas utilizam o gás desde setembro passado, mas apenas nos patrulhamentos noturnos e em eventos com aglomeração de pessoas.
Em outros Estados, as guardas do Rio de Janeiro e Curitiba já estão equipadas. Em Uberaba, no Triângulo, a corporação municipal utiliza, desde novembro, 50 armas não letais de choque, que dispara ondas elétricas que paralisam a vítima por cerca de cinco segundos.
BH gastou R$ 900 mil com revólveresEm Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana investiu R$ 900 mil, em 2006, na compra de 350 revólveres, mas adiou o uso por conflitos relativos às atribuições do policiamento ostensivo. Ainda neste ano, o órgão deve enviar projeto para análise da Secretaria Nacional de Segurança Pública, para que a guarda seja autorizada a usar armas não letais. Ainda não há definição sobre o tipo de equipamento. (EM)

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